Desde que entrei na fase "Quero um relacionamento", há uns seis meses, percebo como é difícil achar a mulher certa. Na viagem que fiz recentemente a Buenos Aires, fiquei no zero a zero. O roteiro de baladas que eu havia montado com os amigos foi por água abaixo porque as boates fecham nessa época para eventos de formatura. Sem falar que as hermanas são duras na queda. O máximo de aproximação foram algumas trocas de olhares. Que azar! Voltei para São Paulo com saudade de beijar na boca. Então, liguei para uma garota — mais que amiga e menos que namorada. Primeira parada: jantar num restaurante japonês; segunda, no meu apê. Diversão total. Mas, com ela, não passa disso. É nosso combinado, como um pacto. Se um dos dois começar a namorar, deixamos de nos encontrar. Só que, da minha parte, parece que vai demorar a acontecer... Ultimamente, toda mulher que me conhece fica com os dois pés atrás: "Você tem todas na mão. Acha que vou ser igual? Que eu vou transar com você na primeira noite?" Sentem tanto pavor de ser traídas que deixam de me conhecer de verdade. E de saber que não sou do tipo inatingível. Não me considero o mais lindão. o gostosão. Aliás, preciso de elogio. Caso contrário, fico achando que há algo de errado comigo.
VOU CONTAR A história de uma menina que poderia ser a única, mas pôs tudo a perder, a Juliana. Nós dois treinávamos para disputar uma meia maratona e logo pensei: "Agora é que viro atleta de vez!" Nunca acordei cedo com tanta facilidade! Tive de entrar em ação: convidá-la para tomar um açaí depois do treino. Tiro perdido. A morena recusou alegando estar atrasada para o trabalho. Aguardei o treino seguinte e... nada. Será que a mulher mudou de horário só porque percebeu meu interesse?
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